Vê se tá bom de sal

Experimenta e me ajuda a corrigir,

não é que eu não confie no que estou fazendo, mas de alguma forma eu gosto de te ouvir. Quero criar espaços pra que o silêncio abra trajetos e a gente possa interagir sem interferir, nem ferir a proposta do outro.

Experimenta, me diz o que você sente. É claro que cada um releva suas preferências, é assim que formamos nossas experiências. Mas, diante do que eu tenho pronto e do que te ofereço, você acha que tá bom de sal?

Como se fosse um processo participativo de imaginar o que seria se tivéssemos usados medidas diferentes, como se você tivesse chegado no começo.

Se a gente tiver medo é melhor usar pouco sal e corrigir depois. Se formos ousados a gente pode colocar tudo a perder, com uma refeição que não mata a fome e ainda nos dá sede.

E se a gente não optar por usar o meu tempero e nem o seu, se ao invés de corrigir o sal a gente tentasse aprender a ceder. Senta do meu lado, me olha cozinhar e a gente vai se explorando feito anéis de cebola até mais nada restar. Isso é ilusório porque a casca sempre sobra.

Me fala seu jeito diferente de fazer a mesma receita que eu, vamos experimentar juntos o resultado de processos diferentes e entender que as vezes, não parece erro quando é tão familiar.

Mas e se eu aprender com você um caminho mais simples, como quem faz um bolo crescer, não vamos deixar solar. Não sei, sente ao meu lado a gente conversa, troca temperos e vê se tá bom de sal ou se a gente começa de novo.